O congelamento de óvulo é uma técnica de reprodução assistida, ideal para mulheres que desejam adiar a maternidade ou que passarão por alguma operação médica que pode comprometer a fertilidade. Em síntese, o procedimento consiste em coletar óvulos da paciente, congelar e guardar para uma futura fertilização in vitro (FIV). No entanto, é preciso destacar que há uma diferença entre a FIV e o congelamento de óvulos: o congelamento visa a preservação da fertilidade de mulheres que não planejam engravidar em curto prazo.
O procedimento de congelamento de óvulos exige alguns cuidados, tanto antes quanto após a realização. É indicada a utilização de medicações injetáveis e um acompanhamento ultrassonográfico frequente com o médico ginecologista. Após o congelamento, é aconselhável seguir uma rotina de repouso por dois dias, evitando atividade física e relação sexual. Mesmo com esses cuidados, a técnica é considerada tranquila e sem grandes impactos na rotina da mulher.
Como funciona o congelamento de óvulos
Até o 3º dia da menstruação, a mulher começa um tratamento de indução da ovulação. Esse procedimento é realizado por meio de medicações à base de hormônios com a devida instrução médica. A medicação – que será tomada por cerca de 10 dias – funcionará como um estimulante para os ovários, auxiliando no crescimento dos folículos. Em sequência, por volta do 12º dia, é realizada a coleta de óvulos com a ajuda de uma agulha acoplada a um aparelho de ultrassom. Depois da coleta, os óvulos são enviados ao laboratório, passam por uma rigorosa avaliação e, por fim, os maduros são selecionados e congelados em nitrogênio líquido a -196ºC.
Dessa forma, quando a mulher decide engravidar, os óvulos são descongelados, fertilizados em laboratório e os embriões formados são transferidos para o útero.